sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Doença de Alzheimer

alzheimer

Há muito tempo acompanho seu trabalho na área de genética. Li recentemente sobre a descoberta de células do Mal de Alzheimer. Gostaria de me colocar á disposição para ser voluntário em eventuais testes de seu laboratório. Estou com 61 anos. Será que sirvo?
(Manuel Ribeiro)

O que são essas novas descobertas?

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a doença de Alzheimer (DA), caracterizada pela perda progressiva da memória e da capacidade cognitiva, está se tornando cada vez mais frequente. Embora não tenhamos estatísticas precisas para a população brasileira sabemos que a doença atinge mais de 5 milhões de americanos. Portanto, identificar novos genes e mecanismos responsáveis pela DA abre novas perspectivas de tratamento. É isso que dois grupos de pesquisadores independentes, um francês e outro britânico, acabam de publicar na revista Nature Genetics.

A DA pode ter herança dominante ou multifatorial

Existem formas da doença cujo início é precoce (entre 40 e 50 anos). Essa variações são causadas por pelo menos três genes autossômicos dominantes já identificados. Uma pessoa portadora de uma mutação em um desses genes, além da quase certeza de desenvolver a doença (desde que viva o suficiente) terá um risco de 50% de transmiti-la à sua descendência. Felizmente essas formas são raras e correspondem a menos de 10% de todos os casos de DA. As formas mais comuns, de início tardio (após os 60 anos) obedecem a uma herança mais complexa, dita multifatorial, isto é, pela interação de genes de suscetibilidade com fatores ambientais.

O que são esses genes de suscetibilidade?

São genes que aumentam o risco, mas não determinam que uma pessoa irá desenvolver a doença. Para que isso ocorra deve haver interação com outros genes de risco e fatores ambientais. Até o momento, o único gene de susceptibilidade para DA reconhecido em todos os estudos internacionais era o gene APOE, que pode se apresentar sob três formas: APOe2, APOe3 e APOe4. Pessoas portadoras da forma APOe4 têm um risco aumentado de vir a desenvolver a DA.
O que mostrou esse novo estudo publicado na revista Nature Genetics?

Os pesquisadores, em dois estudos independentes, um realizado na França e outro no Reino Unido, identificaram mais três genes de suscetibilidade denominados: clusterina, CR1 e PICALM. O estudo envolveu muitos milhares de pessoas, 16.000 só no estudo britânico.

O que fazem esses genes?

O gene PICALM atua na junção entre as células nervosas. Os genes da clusterina e CR1 interagem com a proteína amiloide que se acumula no cérebro de pacientes com DA, levando a morte celular e problemas cognitivos. O interessante é que variantes do gene da clusterina podem ter dois papeis antagônicos: um benéfico auxiliando na remoção das placas amiloides ou um patogênico permitindo a formação de fibrilas, que vão ancorar as placas amiloides às células nervosas (como se fossem teias de aranha para ancorar suas presas). Já o gene CR1 está envolvido com o sistema imunológico. Ele poderia atuar reconhecendo ou não as placas amiloides como agentes invasores patogênicos. Se isso for confirmado, estimular esse gene a remover as placas amiloides abriria novas perspectivas terapêuticas.

E agora, como estimar o risco de podemos ter DA?

O primeiro gene de risco, o APOe4 , descoberto há 15 anos, está associado a um risco de 20% de uma pessoa desenvolver a doença, o da clusterina em cerca de 10% e o CR1 e PICALM em cerca de 3 a 5%. Existe uma probabilidade grande de qualquer um de nós ter um ou mais desses genes de risco. Mas cada um deles sozinho, não vai determinar qual é a probabilidade de alguém vir a desenvolver a DA. Mesmo que tivéssemos os três genes de risco teríamos uma probabilidade de 30 a 35% de vir a desenvolver a DA, ou seja, 65 a 70% de não desenvolvê-la.

Vale a pena passarmos por testes?

Muitas pessoas afirmam que gostariam de ser testadas. Na minha opinião, embora as novas pesquisas sejam muito promissoras, enquanto não houver um tratamento efetivo que previna o depósito das placas amiloides, não vale a pena passar por esses testes genéticos. Pelo menos eu não quero saber…. Já falei disso em colunas anteriores. Mas essa é uma questão polêmica. Na próxima semana vou entrevistar o Dr. David Schlesinger, que vem trabalhando em pesquisas com a DA sobre os prós e contras de submeter-se a um teste preditivo.

Por Mayana Zatz

http://veja.abril.com.br/blog/genetica/sem-categoria/doenca-de-alzheimer/

PIB sobe 1,9% no 2º tri e confirma o fim da recessão

A economia brasileira cresceu 1,9% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma que o Brasil saiu da recessão técnica. O PIB é a produção de bens e serviços no País. Em relação ao segundo trimestre de 2008, no entanto, o PIB brasileiro teve queda de 1,2%. No primeiro semestre de 2009, o PIB caiu 1,5% ante o mesmo período de 2008.

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Por setores, o PIB da indústria apresentou expansão de 2,1% no período entre abril e junho de 2009 em relação ao trimestre anterior. Na mesma base de comparação, o PIB da agropecuária registrou queda de 0,1% e o PIB do setor de serviços avançou 1,2%.

A expansão do PIB no segundo trimestre deste ano mostra que o País deixou o período de recessão técnica, quadro que se estabeleceu com a queda de 1,0% (revisado) do PIB no primeiro trimestre após já ter amargado uma retração de 3,4% (revisado) no período de outubro a dezembro de 2008. Estatisticamente, configura-se um quadro de recessão técnica em uma economia quando ela apresenta variação negativa por dois trimestres consecutivos.

No que se refere à comparação com o mesmo período do ano passado, a queda do PIB, de acordo com economistas entrevistados pela Agência Estado, está atrelada à forte base de comparação no ano passado. No segundo trimestre de 2008, o PIB havia crescido 1,60% ante o primeiro trimestre e 6,20% na comparação a idêntico período de 2007.

Há que se lembrar que o ponto mais agudo da crise internacional, que contaminou a economia real a partir da quebra de confiança no setor bancário por meio do corte de crédito para o setor produtivo, deu-se a partir de 15 de setembro de 2008, com a quebra do banco investimento norte-americano Lehman Brothers. Tanto que, no terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira cresceu 1,80% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 6,80% na comparação anual. Os efeitos da crise se fizeram presentes mesmo só no quarto trimestre do ano passado e no primeiro deste ano.

Embora o PIB possa dar, no segundo trimestre deste ano, sinais de que tenha saído da recessão técnica, a sua possível expansão ainda não gera euforia por causa das condições em que o eventual crescimento acontece. A expansão prevista está ainda embasada sobre os estímulos fiscais do governo, o que dá margens aos analistas para desconfiarem que, se não fosse a ajuda governamental, a economia não teria ainda condições de andar por suas próprias pernas.

(Com Agência Estado)

fonte:veja

GNT passará documentário sobre os atentados das Torres Gêmeas


Para lembrar os 8 anos do atentado terrorista a Nova York em 11 de setembro, o canal GNT exibe o documentário inédito “A Impostora do 11/9″, às 21h. O filme conta a história da mulher que inventou ter sobrevivido ao ataque às Torres Gêmeas, mas que sequer estava na cidade no momento da tragédia.

A narrativa possui depoimentos de familiares de vítimas e do terapeuta dos sobreviventes que conviveram com Tania Head, a mulher que comoveu a todos com seu relato sobre como conseguiu escapar do 78º andar, deixando o marido para trás.

Ela tornou-se uma das mais famosas sobreviventes do ataque e foi ainda escolhida para inaugurar o Marco Zero, construído no lugar das torres. Eleita presidente da rede de sobreviventes, Tania estreitou laços com políticos e familiares dos mortos do 11 de setembro.

A princípio, ninguém questionou Tania, apesar de pequenas inconsistências em sua versão da história. Quando ganhou notoriedade, o jornal “The New York Times” publicou um artigo na primeira página, questionando a veracidade dos relatos de Tania, que logo desapareceu. Ela, na verdade, se chamava Alicia Esteve Head, uma jovem de Barcelona, que na época dos atentados estava na Espanha.

“A Impostora do 11/9″ vai ao ar no dia 11 de setembro, às 21h, no GNT. Com reapresentação no domingo (13), à 0h30, na terça (15), às 14h, e sexta (18), às 5h.

Guichês do Banco do Brasil vão fornecer moedas e notas de 2 e 5 reais em kits de R$ 100.

Linkconfira os endereços no link abaixo

http://www.bcb.gov.br/htms/mecir/ofertatroco.asp?idpai=MECIRORGLink

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Exploração do pré-sal será desafio para a engenharia brasileira

Explorar petróleo a sete mil metros de profundidade, a camada do pré-sal será um desafio tecnológico para a engenharia brasileira. No Rio, a Petrobras promoveu nesta tarde um encontro com jornalistas.

Ana Paula Araújo - Rio de Janeiro

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O presidente e diretores da Petrobras detalharam a proposta apresentada nesta segunda-feira pelo governo de que a empresa seja a única a administrar a exploração do pré-sal e tenha ainda 30% dos campos de petróleo.

Em meio às críticas de que isso traria uma grande interferência do governo, o presidente da Petrobras disse que a empresa hoje é a que tem o maior conhecimento para a exploração do petróleo em águas profundas.

Estas regras ainda serão votadas pelo Congresso. A exploração do pré-sal começa em 2015 e especialistas dizem que será um grande desafio tecnológico.

Os técnicos testam um novo equipamento para a exploração de petróleo. No laboratório de engenharia submarina da Universidade Federal do Rio, uma câmara simula a pressão da água a sete mil metros de profundidade.

“Mostrou que houve vazamento quando a pressão atingiu próximo dos cinco mil metros de profundidade. Isso significa que esta emenda entre os dutos tem que ser mais estudada”, comenta João Fabrício Castilho, supervisor do laboratório.

Essa é uma das pesquisas da universidade, que trabalha em conjunto com a Petrobras, para atender às exigências da exploração do petróleo no pré-sal.

Enquanto um campo de petróleo de águas profundas fica hoje em média a 200 km da costa e a 2 km de profundidade, o pré-sal esta a cerca de 300 km de distância e a uma profundidade de 7 km. E para chegar até lá, é preciso passar pela água, mais uma camada de rochas e terra, e por outra de sal. No pré-sal, mais uma dificuldade: há uma grande concentração de gás carbônico, o que aumenta a corrosão dos equipamentos.

A tubulação normalmente usada para levar petróleo e gás do mar até a costa, para suportar a pressão maior da água e do petróleo que vem do pré-sal, precisaria ter quase o dobro da espessura e do peso. Uma das alternativas pesquisadas é esse duto com duas camadas de aço. É a busca por uma tecnologia que torne a exploração do pré-sal mais segura e mais barata.

“Isso tudo dificulta a exploração no pré-sal, mas não inviabiliza. Muita coisa ainda tem que ser aperfeiçoada e aprendida, mas a exploração do pré-sal. Ainda vai durar muitos anos e ao longo desses anos a tecnologia vai ser com certeza consolidada”, diz Ilson Paranhos, professor da Coppe - UFRJ.

fonte:G1